Curso de Sistemas Agroflorestais é realizado pelo Brotar Nascentes em Santo Antônio de Jesus

O Centro de Educação Ambiental e Viveiro do GANA (Grupo Ambientalista Nascentes) recebeu um grupo de agricultores da Zona Rural de Santo Antônio de Jesus para a concretização do curso de Sistemas Agroflorestais (SAF’s), que aconteceu nos últimos dias 31/08 e 01/09. Tal Sistema permite que a produção de alimentos conserve o meio ambiente e recupere áreas degradadas. Além disso, oferece segurança alimentar ao agricultor permitindo também que o mesmo trabalhe com mais conforto, uma vez que a produção não exige muita mão-de-obra em tarefas de tratos culturais e manejos. O evento é mais uma ação do Brotar Nascentes, projeto realizado pelo GANA e patrocinado pela Petrobras.

A engenheira florestal Renata Rangel, facilitadora do curso, explana que divulgar o Sistema Agroflorestal é uma forma de trabalhar junto à natureza, pois “as pessoas têm caminhado num sistema de produção de alimentos que vai destruindo e não ajudando, como deve ser.” Segundo Renata, a agrofloresta vem a partir de uma imitação do que a natureza já faz sozinha, “a gente só escolhe que plantas e frutas temos maior interesse e a partir disso trabalhamos juntos, ajudando o planeta e a nós próprios, já que deixamos de destruir e passamos a cuidar, aproveitando a força que a natureza já tem e unindo a do ser humano para poder ter mais fartura, abundância e sucesso no trabalho com a terra”, explica.

Apesar da resistência em misturar tantas espécies, alguns agricultores já fazem uso do Sistema descrito, um deles é seu Marcelino, da Fazenda Bom Jesus da Lapa, que afirma ter adotado o SAF em sua propriedade. “Acredito que outras pessoas vão perceber essa iniciativa e muitas delas vão adotar o Sistema assim como fiz, só temos a ganhar”, esclarece. A estudante de Engenharia Florestal, Dayane Lopes, conta que o intercâmbio de conhecimentos no curso foi muito relevante, “a ideia é fazer com que os agricultores repensem sobre as formas de plantio e lucrem com isso, fazendo com que a terra lucre também”, coloca. “A ideia é sensibilizar e reaproximar o homem da natureza, as pessoas são ensinadas a trabalhar com agrotóxicos e adubos químicos e se esquecem que antes não existia nada disso, não podemos fazer o mal para a terra já que somos dela também”, incentiva a engenheira Renata.

A equipe que se fez presente não economizou na troca de conhecimento e fez com que os dois dias de curso fossem a maior riqueza em aprendizado. Cada um levou suas ideias pra trocar, sua sensibilidade e foi possível semear não só o pedacinho de terra do Viveiro, mas a semente principal foi plantada com bastante força: o respeito com a natureza!